RELIGIÃO OU TRADIÇÃO?

"Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta:"
Atos 7:48

"O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;"
Atos 17:24

Mais uma vez nos deparamos com um paradigma que existe em nossa sociedade. Você já viu aquelas pessoas que ao passar em frente de uma igreja se "benzem"? Pois bem, isso é porque os líderes religiosos ensinam que a "Igreja" ou "Templo" é sagrado; tipo se Deus está lá dentro e é lá que os "santos" ouvem as súplicas e preces, sendo assim, um lugar diferenciado.

Quero com essa postagem, quebrar um paradigma, pois Deus não está lá dentro dos Templos e sim, dentro de cada salvo, através do Sangue precioso de Jesus Cristo. A igreja somos nós e não as 4 paredes de um "prédio" confortável ou não. Devemos sempre entender que a religião não salva e que as suas práticas da mesma forma, não tem o poder para salvar ninguém!
No dia em que uma igreja "X" ou "Y" for o caminho para a salvação, essa "igreja" já é determinada como "seita"; Deus não está e jamais estará preso as correntes e paredes de uma religião.
Hoje em dia vemos um cristianismo sem direção; tudo é "nem sim", "nem não", tudo em nome da religião!
Para nós, os salvos em Cristo, é necessário termos um lugar para nos reunirmos e termos comunhão uns com os outros, mas não devemos confundir a comunhão da Igreja de Jesus, com um clube eclesiástico. Deus se alegra com a união dos seus filhos, bem como gostamos de ver as famílias reunidas, brincando, conversando, comendo juntos, etc.
Que não confundamos "igreja x" ou "igreja y" com religião; religião é diferente de nomenclatura de comunidades cristãs ou não. Religião é diferente de tradição!
Definições e classificações da religião
O vocábulo português “religião” é oriundo do latim "religare", que significa “religar”, “atar”.
Alguns cristãos se opõem frontalmente à classificação do cristianismo como religião baseando-se em sua supremacia e distinção em relação às demais crenças. Mas, ao agirmos desta forma, estamos, na verdade, criando a nossa própria definição do termo, cujo significado é inaceitável para os dicionaristas e enciclopedistas, pois acabamos apresentando definições incompletas em si mesmas. Assim sendo, independente desta discussão filosófica e do posicionamento que você possa defender, é válido considerarmos alguns conceitos do que seria uma religião. A saber:
• Religião é um sistema qualquer de idéias, de fé e de culto, como é o caso da fé cristã.
• Religião é um conjunto de crenças e práticas organizadas, formando algum sistema privado ou coletivo, mediante o qual uma pessoa ou um grupo de pessoas é influenciado.
• Religião é um corpo autorizado de comungantes que se reúnem periodicamente para prestar culto a um deus, aceitando um conjunto de doutrinas que oferece algum meio de relacionar o indivíduo àquilo que é considerado ser a natureza última da realidade.

• Religião é qualquer coisa que ocupa o tempo e as devoções de alguém.
Há, nessa definição, um quê de verdade, já que aquilo que ocupa o tempo de uma pessoa é geralmente algo a que ela se devota, mesmo que não envolva diretamente a afirmação da existência de algum ser supremo ou seres superiores. E a devoção encontra-se na raiz de toda religião.
• Religião é o reconhecimento da existência de algum poder superior, invisível; é uma atitude de reverente dependência a esse poder na conduta da vida; e manifesta-se por meio de atos especiais, como ritos, orações, atos de misericórdia, etc.
A partir destas tentativas de definição, podemos nos atrever a classificar as religiões em tipos de acordo com a similaridade de suas crenças. Especialistas no assunto destacam pelo menos dez classes de religiões. Mas, como você perceberá, há casos em que a distinção é mantida por uma linha muito tênue, o que faz que surja certa mistura de conceitos (tipos) em uma única religião.
De fato, os tipos de religiões mesclam-se em qualquer fé que queiramos considerar, e, geralmente, as religiões progridem de um tipo a outro ao longo de sua trajetória. Assim, os vários tipos de religiões alistados a seguir não são necessariamente contraditórios ou excludentes entre si. Acompanhe:
Religiões animistas. Sistemas de crenças em que entidades naturais e objetos inanimados são tidos como dotados de um princípio vital impessoal ou uma força sobrenatural que lhes confere vida e atividade.
Religiões naturais. Pregam a manifestação de Deus na natureza, e, geralmente, rejeitam a revelação divina e os livros sagrados. Segundo seu pensamento, toda e qualquer revelação à parte da natureza não é digna de confiança.
Religiões ritualistas. Enfatizam as cerimônias e os rituais por acreditar que estes agradariam as divindades. Tais ritos e encantamentos teriam o poder de controlar os espíritos, levando-os a atuar para o bem ou mal das pessoas.
Religiões místicas. São também revelatórias, porém, seus adeptos acreditam na necessidade de contínuas experiências místicas como meio de informação e crescimento espiritual. Os místicos regem sua fé pela constante e diligente busca da iluminação.
Religiões revelatórias. Na verdade, seriam uma espécie de subcategoria das religiões místicas. Este grupo de religiões fundamenta-se nas supostas revelações da parte de deuses, de Deus, do Espírito, ou de espíritos desencarnados que compartilham mistérios que acabam cristalizados em livros sagrados.
Religiões sacramentalistas. São grupos que têm nos sacramentos meios de transmissão da graça divina e da atuação do Espírito de Deus. Estas religiões, geralmente, acreditam que o uso dos sacramentos por meio de pessoas “desqualificadas” impede a atuação do Espírito de Deus. Os sacramentos constituem-se em veículo para promoção do exclusivismo.
Religiões legalistas. São construídas sob preceitos normativos, algum código legal que deve governar todos os aspectos da vida de um indivíduo. Este código é usualmente concebido como divinamente inspirado. O bem é prometido aos obedientes e a punição aos desobedientes.
Religiões racionais. Neste grupo, a razão recebe ênfase proeminente e a filosofia é supervalorizada. A razão, segundo acreditam, seria algo tão poderoso que nada mais se faria necessário além de seu cultivo bem treinado e disciplinado.
Religiões sacrificiais. Pregam a salvação por meio de sacrifícios apropriados. O cristianismo é uma religião sacrificial, no sentido de que Jesus Cristo é reputado como o autor do sacrifício supremo necessário à salvação. A suprema palavra do Senhor declara: “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22).
Como podemos ver, religião não é algo simples e com uma definição qualquer. Quem criou-a foi Deus, mas como tudo que Deus criou o homem tem tendência a "destruir" e buscar seus interesses, a religião não ficou fora da lista.
Que Deus nos abençoe!
Ricardo Hilário

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