APRENDENDO SOBRE MORDOMIA BÍBLICA – PARTE 1



Lucas 16.2
“Então, mandando-o chamar, lhe disse: Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes mais continuar nela.”
Introdução
Falar sobre Mordomia é um paradigma. Falar sobre Mordomia em muitas vezes não é fácil, pois não há uma aceitação por grande maioria das pessoas e já pensam: “lá vem o pastor pedir dinheiro”.
Primeiramente, para falar sobre Mordomia, devemos entender o que é mordomia e o que representa para o Senhor.
O dicionário tem duas definições para mordomia:
1.    Administrar o que é de outrem;
2.    Viver sem esforço; na regalia.
Jesus acabara de ministrar a Parábola do filho pródigo onde demonstra-nos sobre a má mordomia, onde o filho rebelde é dono de tudo, mas acha que tem direito de gastar da forma dele, sem poupar, usando seus recursos com seu bel prazer.
Esta parábola, e a seguinte, podem muito bem ter sido extraídas da própria vida. O mordomo era o responsável pela casa e propriedades. Defraudar os seus bens. A mesma palavra que foi usada em relação ao filho pródigo (15:13).
Certamente Jesus viu nos rostos de seus discípulos que ainda não estava claro esse ensinamento, pois ainda ficavam com “cara de ué”.
Então ele conta-lhes outra parábola dizendo...
“Quero a prestação de contas de sua administração”
O administrador estava defraudando as finanças de seu senhor. Logo o senhor fica sabendo e algumas lições podemos tirar dessa parábola.

1.   O mordomo se achava esperto – v.4
a)         Eu sei o que farei. Literalmente, eu sei ou "Já sei!". Ele teve uma súbita idéia brilhante.
Quando estamos diante de um problema ou dificuldade financeira/espiritual, a primeira coisa é pensar: “Já sei o que fazer”.
É onde mora o perigo!
A verdade não pode ser escondida. Como sempre diz minha mãe: “a mentira tem perna curta!”. Pois bem, não podemos mentir para o nosso Deus. Ele sabe de todas as coisas.
Mordomo cuida do que é do outro. Nós somos mordomos do Senhor Eterno!
Como mordomos, devemos cuidar direitinho das coisas desse “Patrão”.
Sou administrador de empresas formado em Gestão Financeira e onde trabalho o patrão espera de mim uma excelente administração dos gastos e recebimentos de sua empresa, afinal foi para isso que fui contratado.
A honestidade é a parte principal desse negócio e na vida com Deus não deve ser diferente. Não adianta ser servo do Senhor e não administrar com excelência o que ele me deixa administrar.

Não adianta dar o jeitinho de espertos e defraudar os bens do Senhor. Deus sabe quanto passa na minha conta bancária, carteira e afins.

b)         Recebam. A terceira pessoa não tem antecedente expresso, mas refere-se aos devedores do seu senhor. O expediente do mordomo, embora decididamente desonesto, foi eficiente.
Ele não pensou em dar desconto aos devedores, mas na verdade estava com interesse em ter um lugar para ficar, para ser sustentado enquanto desempregado.
Fazer as coisas com segundas intenções na maioria das vezes não nos levam a lugar nenhum.

Muitos crentes fazem barganhas espirituais e devido aos deslizes com o Senhor acham que fazer boas ações podem “livrar a cara” deles.
Não adianta mentir para Deus! Defraudar os bens do Senhor é defraudar nos dízimos e ofertar alçadas, é defraudar na leitura da Palavra e recusar-se de ter uma vida devocional ao lado do Senhor pelo menos o dízimo do dia.

2.   A recomendação do Senhor é que sejamos honestos – v.9
a)         Das riquezas de origem iníqua fazei amigos. “Das” é por meio de. “Riquezas” (Mamom) é a palavra aramaica para dinheiro ou propriedades. O mordomo desonesto sabia que ele tinha direitos junto daqueles cujas contas arbitrariamente reduziu. Eles apreciariam o alívio financeiro e estariam prontos a ajudá-lo. O Senhor deu a entender que as propriedades terrenas podem ser usadas para ajudarmos os outros, cuja gratidão nos garantirá boas-vindas na eternidade.
b)         Como já disse, honestidade é a alma do negócio! Ajudar os outros e a obra do Senhor deve ser com alegria de coração e com desprendimentos de requerer algo a seu próprio benefício!

3.   A honestidade material reflete a honestidade espiritual – v. 11
a)         Se... não tornastes fiéis. O uso dos bens materiais é um teste de caráter. Aqueles que não podem usá-los com sabedoria não merecem ter responsabilidades espirituais.
“Quem é fiel no pouco é fiel no muito e quem é infiel no pouco também será no muito.” Paremos para pensar um pouco em nossa vida. É justo fazer uso das bênçãos do Senhor e não lhe dar nada em forma de agradecimento? O mínimo que podemos fazer é prestar-lhe culto e tributa-lhe louvor.
b)         Quem está apto para administrar o que é de Deus está apto para receber as suas riquezas. O treinamento é inevitável, mas quanto mais dureza de nossos corações, mais iremos sofrer.
Quando temos paz com Deus em honestidade financeira e cronológica estamos prontos para crescer, pois a verdadeira prosperidade de Deus começa na Igreja, na vida eclesiástica e estende-se para nossas contas bancárias!
Conclusão
Deus quer que administremos tudo o que Ele nos dá. Recursos financeiros, família, tempo e vida espiritual.
Devemos ser sensíveis a vontade de Deus, trazendo-lhe a Sua casa nossas vidas e bens, pois como sabemos, tudo pertence a Ele!
Desde o gênesis o Senhor faz uma aliança com a humanidade: Suprir nossas necessidades e nos condiciona a não comer da árvore da vida. Em outras palavras: Te dou tudo meu filho, desde que olhe para mim e não dê ouvidos aos conselhos da serpente (“não devolva o dízimo, se me obedecer vou te dar bastante dívida!” – “compre mais, o seu guarda roupas, mesmo cheio as roupas não te servem mais!” – “que oferta que nada, use seu dinheiro para sair com sua família” – “que Escola Bíblica Dominical que nada, vá passear pois posso te ensinar a ser infiel.”...)
Sejamos fiéis meus irmãos e veremos a glória de Deus manifesta em nós e os que nos cercam verão também.

Deus seja louvado!

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