A TREMENDA NECESSIDADE DE HOJE: MISSÕES!


“E não os achando, trouxeram Jasom e alguns irmãos à presença de alguns magistrados da cidade, clamando: Estes que têm alvoroçado o mundo, chegaram também aqui;” Atos 17:6
 
INTRODUÇÃO: Falando sobre uma tremenda necessidade de hoje, lembro-me da Igreja Primitiva, a qual praticou de verdade a “Evangelização Neotestamentária”. No texto em análise, encontramos mais uma passagem onde os irmãos eram perseguidos, e nem por isso deixavam sua fé em Jesus Cristo. Jasom, o equivalente grego para Josué, ao que parece era um judeu crente que abrira as portas da sua casa a Paulo e Silas. A população atacou a casa de Jasom, pretendendo arrastar Paulo e Silas ao tribunal.

Jasom ouviu falar das intenções da população e removeu Paulo e Silas para um lugar seguro. Portanto, em lugar dos evangelistas, Jasom e diversos irmãos foram levados à presença das autoridades. O perigo era grande, pois os crentes difundiam e defendiam a autoridade de Jesus; o imperador romano via isso com maus olhos e não queria ter rivais, então mandava perseguir de verdade os cristãos.

A realidade histórica é essa; mas agora quero trazer a nossa mente a realidade contemporânea:

O que acontece hoje em dia, em pleno século XXI pode-se resumir em três palavras: “FALTA DE FOGO!”

As Igrejas Fundamentais são sãs na fé, a maioria dos membros vivem vida separada, é dado muita ênfase à doutrina bíblica e ano a ano os Institutos Batista tem formado muitos servos e servas do Senhor; entretanto falta alguma coisa: Falta de um fogo santo que venha inflamar o nosso povo e o ponha a arder para a glória do Filho de Deus!

Nos tempos bíblicos a Igreja “alvoroçava o mundo”. Quando os ousados discípulos de Cristo entravam em novas cidades proclamando sua mensagem de imediata e eterna salvação, as autoridades clamavam: “Estes que têm alvoroçado o mundo chegaram também aqui;”

Infelizmente em nosso século é o mundo quem alvoroça a Igreja, pois muitas vezes falta aos discípulos de hoje tanto a ousadia, como o poder. 

Quero chamar a vossa atenção para alguns pontos importantes deste sermão:

I. O Problema.

Ninguém pode negar, que na perspectiva humana é de fato sem luz e melhora. Em matéria de evangelização bíblica, a Igreja de nossos dias vai progressivamente piorando e não melhorando. Os historiadores registram para as gerações futuras o quadro amargo de nossa retirada e não o nosso avanço. Deparei a alguns dias atrás com uma estatística realmente feia e preocupante e que revela como estamos fracassando e cada vez mais.

“Em 1.850 cinco cristãos levavam um ano para conduzir uma alma a Jesus. Em 1.900 eram precisos quatorze cristãos para fazer a mesma coisa. Em 1.919 já levavam vinte e um crentes, um ano para conduzir uma alma a Jesus. Em 1.990 trinta cristãos era preciso para conduzir uma alma a Cristo.

Hoje vemos um quadro um pouco pior, pois o número de seitas e heresias tem só aumentando, fazendo até com que pessoas tenham se decepcionado com a Graça de Deus e abandonado a “fé” (se á que tinham fé verdadeira em Jesus).

O escritor da epístola aos Hebreus já havia exortado os crentes (Hebreus 5:12), e o mais interessante é que é aplicável a muitos crentes do presente século: “alimentação líquida e não sólida.”

Conta-se uma história que um certo viajante de trem, na Índia, foi abordado por um oficial que entrou e fez várias perguntas, anotando as respostas. Informado que fazia parte do recenseamento (conjunto de dados e estatísticas dos habitantes do pais, com base em suas características) a que o governo procedia, o viajante comentou quem sem dúvida levaria semanas para completar. Mas o funcionário respondeu: “Não senhor, começamos hoje ao meio dia e terminaremos até à noite.”

O viajante, admirado, perguntou: “Mas o senhor quer dizer que o censo de toda a Índia se realiza dentro de um só dia?” Respondeu o funcionário: “Sim, mas o senhor precisa lembrar de que somos 200.000 pessoas trabalhado.”

Será que estamos trabalhando em unidades, dezenas, milhares, milhões...?

II. A Solução.

A solução do problema é a evangelização, ou seja, missões locais primeiramente. O Senhor disse em Mateus 5:13 e 14 no sermão do monte aos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra... luz do mundo...” se não houver sal, a comida não fica boa, se não houver luz, tudo é escuridão.

Sabemos quais utilidades o sal tem e sabemos a utilidade que a luz tem. Quando não temos o sal em nossa dispensa é que damos valor a ele; quando há um apagão é que damos valor a energia elétrica que ascende as nossas lâmpadas.

Basta folhearmos as páginas do Livro de Atos para ver a prova daquilo que o fogo santo pode realizar em vidas consagradas. (exemplos de fogo: fogo da copa; fogo da paixão; fogo do emprego novo; fogo do veículo novo; fogo de uma casa nova; fogo de uma viagem muito esperada...) Lembra-se dos discípulos de Emaús? Em Atos 2:37 – 47 notamos a conversão de quase 3.000 almas. Atos 6:1 diz: “Multiplicou-se o número de discípulos...”; v.7: “Crescia a palavra de Deus e... se multiplicava o número de discípulos”; Atos 9:31 vemos que “a Igreja... crescia em número”. Atos 12:24 afirma com expressão: “A palavra de Deus crescia e se multiplicava.” Essa era a qualidade da Igreja Neotestamentária.

O sucesso da evangelização bíblica calculava-se pela tabuada de multiplicação; a de hoje, não chega nem mesmo a dar boa soma!

Chegou a hora de a igreja do presente século seguir o exemplo do Novo Testamento e acender o fogo santo.

Certa manhã um pregador da geração passada recebeu pelo correio um recado de um dos membros de sua igreja, perguntando: “Irmão: não acha que chegou o tempo – ou então está se aproximando muito – em que devia haver maior esforço por parte da igreja para convencermos os homens a que venham a Cristo?” Hoje estamos nesse tempo!!!

Não é essencial que o fogo comece grande. Todo fogo começa pequeno. Isso é verdade quanto ao fogo natural, e ainda mais ao fogo espiritual.

CONCLUSÃO: Quando perguntaram a Moody como se podia avivar uma igreja fria e morta, ele respondeu: “Acenda um belo fogo no púlpito!” Paulo deu o mesmo conselho ao jovem pregador Timóteo em I Timóteo 4:13-16.

Oxalá que a paixão de todo evangelista, todo pastor, todo crente, fosse a de fazer e de ser o máximo para Jesus e Sua Igreja! Que Deus nos desse uma igreja cheia de pessoas das quais pudesse dizer como se disse aos homens que seguiram a Saul depois que Samuel o ungiu rei: “... uma tropa de homens cujos corações Deus tocara” (I Samuel 10:26).

Que devemos fazer? O pastor a quem nos referimos, o que recebeu o recado postal de um dos membros da igreja, resumiu a condição do verdadeiro avivamento, ao dizer: “Todo o assunto, pois, vem a dar nisto: cada membro da igreja há de se consagrar. Generalizações não resolvem. Quando os membros da igreja pararem de falar naquilo que acham que pode, ou deve, ou precisa, ou poderia, ou deveria, ou seria feito, e começarem a perguntar: ‘Senhor, que queres que eu faça?’ – então o avivamento virá com poder.”

Faça uma humilde oração comigo:

“Senhor, não passo de uma fagulha; faze-me um fogo.
Não passo de uma corda; faze-me uma lira.
Não passo de uma gota; faze-me uma fonte.
Não passo de um montículo; faze-me uma montanha.
Não passo de uma pena; faze-me uma asa.
Não passo de um jornaleiro; faze-me um rei.
Não passo de um elo; faze-me uma corrente.
Não passo de um chuvisco; faze-me uma chuva.
Não passo de um humilde servo; capacita a minha vida.
Em nome de Jesus, amém!”

O senhor Jesus nos contempla lá dos céus e vê se estamos cumprindo o nosso dever. Não podemos recuar. Havemos de atacar. Vamos ser sempre uma igreja que quer ganhar almas pra Jesus, multiplicando reuniões evangelísticas, pregando mensagens evangelísticas, exaltando experiências evangelísticas e seguindo métodos evangelísticos.

Que Deus abençoe!
Ricardo Hilário

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